sábado, 13 de setembro de 2008

Manhãs de Setembro

Manhãs de Setembro,
com a sua aragem fresca,
construindo sonhos, quando lembro,
teias de gotas, na folhagem seca.

Enfeito os matos de perfume verde
a seguir meus passos, sobre lírios roxos
ponteando as margens, matando a sede
os fios de água que escorrem frouxos.

E tu e eu, na a erva tombada,
nossos corpos, sobre os lírios amarrotados,
essa paixão e no céu ao longe trovoada,
esse céu sem limite deixo-nos azulados.

O nosso limite a nossa eternidade,
fico contente quando lembro,
as manhãs, os longos passeios, pela tarde,
afinal chegou o Setembro.

Fiquem bem
Gonçalo.